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SocioPsicoDrama - Um olhar fenomenológico.
Muitas vezes na vida, acabamos por instaurar,dentro de nós mesmos um tribunal. Nem sempre precisamos da sociedade para nos julgar, nós mesmos cumprimos essa tarefa. Pior do que isso, acabamos por nos aprisionarmos numa cela interior, num movimento que ocorre oculto, dentro de nós mesmos. Somos prisioneiros, ou melhor, reféns das grades que tecemos: uma delas se chama medo; a outra se denomina insegurança. Ficamos esperando que do lado de fora venha a tesoura que cortará nossas amarras, sanará nossos medos e nos dará fortaleza frente a insegurança. Aguardamos que do céu caia a sentença que nos livraria da prisão na qual nós mesmos nos confinamos. Contudo, dificilmente percebemos que dentro de nós existe essa força libertadora, essa tesoura, essa sentença, que podem ser concedidas para nosso próprio bem; e, mas do que isso, ainda mais raramente enxergamos que não damos espaço para que esses fenômenos aconteçam. Fugimos da liberdade, a renegamos... Enquanto que deveríamos convidá-la a fazer parte de nós, para dissolvermos essas mesmas grades, nossos medos e inseguranças. O quanto a vida não seria, se não fosse o receio de tentar?